O USO DO BOTOX PELOS DENTISTAS 

O botox se tornou um grande aliado também dos dentistas. Ela ganhou fama nos tratamentos estéticos por retardar o surgimento de marcas de expressão. Mas, quem diria, também minora dores e disfunções na mandíbula, além de deixar o sorriso mais bonito, sobretudo quando a gengiva aparece mais do que deveria. Estamos falando da toxina botulínica, um veneno produzido pela bactéria Clostridium botulinium, que, em pequenas doses, auxilia no combate a diversos problemas.
No dentista, a aplicação mais comum é no tratamento do bruxismo, disfunção que afeta cerca de 30% dos brasileiros e se caracteriza pelo ranger de dentes durante o sono. “Ao aplicar a toxina no masseter, um dos músculos da face, a tensão diminui. Assim, o tecido não tem força suficiente para promover o atrito entre os dentes, capaz de causar desgaste”, explica Sidmarcio Ziroldo, que é professor da Universidade Cruzeiro do Sul, em Curitiba, no Paraná, e um dos pioneiros no uso da substância na odontologia.
Por trás da proeza, o velho mecanismo de ação dessa toxina: ela bloqueia a liberação de um químico chamado acetilcolina, neurotransmissor que transporta mensagens entre o cérebro e as fibras musculares. Sem ordens para se movimentar, o tecido relaxa e, quando sua tensão está por trás de tormentos, eles vão embora – pelo menos durante os seis meses em que perdura o efeito.
“A toxina botulínica começa a atuar quatro dias depois da aplicação e sua ação diminui com o passar do tempo”, diz o neurologista Nilson Becker, colaborador do Ambulatório de Toxina Botulínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Por isso, são necessárias novas picadas periodicamente. Mas sem exageros. “O intervalo mínimo é de 90 dias. Isso porque o organismo reconhece a substância como um corpo estranho e cria anticorpos contra ela”, lembra Becker. Se esse prazo for desrespeitado, há o risco de o tratamento não surtir o efeito esperado.
A vantagem desse recurso terapêutico é apresentar um resultado eficaz e rápido, sem quase nenhuma contraindicação. “Somente os intolerantes à lactose precisam evitá-lo”, alerta o especialista em periodontia Daniel Vasconcellos, da Academia Brasileira de Osseointegração.
É que o açúcar do leite serve como uma espécie de veículo para a droga. Para quem tem esse tipo de reação, existem outras formulações, geralmente mais caras. “Também não recomendamos a toxina para indivíduos com atividade muscular comprometida, já que ela relaxará ainda mais o tecido”, finaliza Sidmarcio Ziroldo.
Os três usos do botox na odontologia
1. Bruxismo
O que é
O músculo mastigatório trabalha além da conta à noite, o que desencadeia o atrito entre os dentes e, como consequência, seu desgaste.
Tratamento convencional
Com placas noturnas, para impedir o contato entre os dentes.
Vantagens da toxina botulínica
O método tradicional atrapalha o descanso. Com a toxina, isso não ocorre.
2. Dor facial
O que é
Trata-se de uma sensação dolorosa provocada por alterações na articulação que liga o maxilar à mandíbula – ali está localizado um complexo sistema de músculos, ligamentos e ossos.
Tratamento convencional
Com medicamentos, que podem provocar efeitos colaterais.
Vantagens da toxina botulínica
É aplicada diretamente no músculo, sem reações desagradáveis.
3. Sorriso gengival
O que é
Disfunção em que a gengiva é exposta excessivamente quando o indivíduo sorri.
Tratamento convencional
Por meio de cirurgia.
Vantagens da toxina botulínica
Não é invasiva, sendo aplicada nos músculos responsáveis pelo sorriso, relaxando essa musculatura.

Fonte: saude.abril.com.br

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